As constantes notificações de celular têm sido apontadas como uma das principais causas do aumento da ansiedade na sociedade contemporânea. O psicanalista e especialista em comunicação, Thiago Mangiapelo, destaca que essas interrupções frequentes mantêm nossa mente em estado de alerta contínuo, semelhante ao de uma presa fugindo de um predador incessantemente. Segundo Mangiapelo, "não fomos feitos para isso; ocasionalmente, sim, mas não o tempo todo".
Estudos científicos corroboram essa observação. Um estudo sobre o mal que o celular faz realizado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) associou o vício em smartphones a transtornos mentais como ansiedade, depressão e estresse. Foram avaliados 781 estudantes universitários, e os resultados indicaram uma relação significativa entre o uso excessivo de celulares e esses transtornos psicológicos.
Fonte: "Estudo da UFLA associa o vício em smartphones a transtornos mentais como ansiedade, depressão, estresse, distúrbios alimentares e insatisfação corporal" - disponível em ciencia.ufla.br.
Além disso, uma tese defendida no Programa de Pós-Graduação em Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da UFMG constatou que o uso excessivo de telas está relacionado a uma piora na saúde mental dos usuários, independentemente da idade. O estudo sobre o mal que o celular faz revelou a presença de nomofobia (medo de ficar longe do celular) em idosos e um aumento da depressão associado ao uso excessivo de telas em crianças.
Fonte: "Pesquisa da UFMG: uso excessivo de telas piora saúde mental de diferentes gerações" - disponível em ufmg.br.
Essas descobertas reforçam a necessidade de repensarmos nossa relação com as tecnologias digitais. Thiago Mangiapelo alerta para os impactos negativos das notificações constantes em nossa saúde mental. Ele sugere que, para preservar nosso bem-estar psicológico, é fundamental estabelecer limites no uso de dispositivos móveis e criar momentos de desconexão ao longo do dia. Para saber mais, confira um estudo sobre o mal que o celular faz e entenda melhor os riscos envolvidos.